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Confiança do empresário da indústria cresceu em julho

Segundo pesquisa divulgada nesta semana pela Federação das Indústrias de SC (Fiesc) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de confiança do industrial catarinense chegou a 51,1 pontos em julho, maior resultado desde o início da pandemia. O índice varia de 0 a 100, onde valores abaixo de 50 indicam pessimismo e valores acima indicam otimismo.

Apesar do crescimento, o resultado representa uma queda relação ao mesmo período do ano passado, quando o índice era de 57,8 pontos. A Fiesc ressalta que, mesmo com a queda na comparação com 2019, a volta do otimismo dos industriais “dá sinais de uma mudança de perspectiva”.

“Vários indicadores têm mostrado, inclusive os dados da receita estadual, uma recuperação da economia. Por outro lado, há uma expectativa de que o próximo ano seja bastante incrementado no seu desempenho”, disse o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

O índice de confiança do empresário da indústria avalia as condições atuais e as expectativas sobre o setor, a economia de Santa Catarina, e a do Brasil. Os números mostram que o momento ainda é de pessimismo em relação ao cenário atual, com índices abaixo da média para a economia brasileira (30,8), do Estado (30,6), indústria (40,1) e nas condições gerais (37).

No entanto, no que diz respeito às expectativas, o cenário se inverte. Todos os indicadores estão acima de 50 pontos: economia do Brasil (53), de Santa Catarina (52,5), indústria (60,7) e expectativas gerais (58,2).

A pesquisa também avaliou a confiança por segmento do setor. Os empresários da indústria de transformação voltaram a ficar otimistas, chegando a um índice de 52,9 pontos, acima da média estadual. Já a construção civil ainda se encontra em um cenário de pessimismo, com índice de 41,1.

“Chamou a atenção esse índice da construção civil. Acho que num primeiro momento houve uma certa preocupação e uma diminuição na comercialização de imóveis, mas as informações mais recentes são de que o mercado está bem aquecido”, afirmou Aguiar.

Já no cenário nacional, o indicador de confiança do industrial cresceu para 47,6 pontos, mas o momento ainda é de pessimismo. “Os resultados tem relação com o relaxamento das medidas restritivas impostas nos últimos meses, que visavam conter o contágio elevado da Covid-19, e acabaram afetando os níveis de emprego e produção em todo o território nacional”, destacou a Fiesc.

Apesar do avanço, o setor ainda sofre com falta de crédito. Iniciativas como as do Badesc, BRDE e Pronampe foram rapidamente consumidas. “Essa é uma grande demanda do setor empresarial, não só industrial. Linhas de crédito que possam suprir as empresas para vencer esse momento de mudança de comportamento muito forte e então. Algumas linhas de crédito surgiram, mas elas ainda são insuficientes para a demanda que tem as empresas de Santa Catarina”, disse Aguiar.