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Milho: área plantada de verão em 2020/21 deve crescer 500 mil hectares, para 4,5 milhões de HA

A área plantada com milho no verão no Brasil deve crescer 500 mil hectares, ou 12,5%, para 4,5 milhões de hectares na safra 2020/21, disse a Céleres, em seu primeiro levantamento para a temporada. O potencial de produção na primeira safra é de 30 milhões de toneladas.

Já na segunda safra, a área deve aumentar 6,7%, ou 900 mil hectares, para 14,4 milhões de hectares. A consultoria vê o potencial de produção de inverno do Brasil em 80 milhões de toneladas. A área da terceira safra deve cair de 520 mil hectares para 515 mil hectares, segundo a Céleres. O potencial de produção é de 1,4 milhão de toneladas, conforme a consultoria. Com isso, o Brasil tem potencial de atingir produção total de milho de 111,5 milhões de toneladas em 2020/21.

Segundo a analista Daniely Santos, da Céleres, embora os preços do milho sejam atrativos, a área do cereal no verão não deve ter crescimento nominal tão grande quanto o da soja. Enquanto o incremento esperado para o plantio da oleaginosa é de 1,3 milhão de hectares, o aumento previsto para o milho fica em 500 mil hectares. “No caso do milho a gente tem alguns fatores de incerteza a mais. A expectativa é de que a safra 2020/21 dos EUA seja cheia, e isso acaba atrapalhando um pouco a nossa competitividade no mercado externo”, disse.

Em relatório, a consultoria destacou que o aumento nos custos de produção no Centro-Sul do país deverá limitar a rentabilidade do produtor na safra verão do cereal. Ainda assim, a margem operacional na primeira safra de milho deve subir de R$ 3.178 por hectare para R$ 3.888/hectare.

De acordo com o levantamento, na temporada 2019/20 a produção total de milho no Brasil alcançará 101,7 milhões de toneladas. “Apesar do estresse climático no Sul, que prejudicou tanto a safra verão quanto a de inverno na região, assim como na safra de soja, a produção do Centro-Norte garantirá a oferta de milho no País”, disse a consultoria. A Céleres prevê exportação entre 32 milhões e 35 milhões de toneladas na temporada 2019/20. De acordo com a consultoria, 41,1% da safrinha do Centro-Sul está negociada.