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DEMOCRATAS EM EBULIÇÃO; FUTURO DO PSD; HOSPITAL 50%; E OUTROS PITACOS

VAZAMENTO OU ESTRATÉGIA?

Em política, existem meios de ‘fritar’ adversários e desafetos políticos. Quem tem o “poder da caneta” pode usá-lo para se livrar de subordinados, mas há outras maneiras menos diretas.

Uma destas é usar outros aliados para “detonar” quem o político quer tirar da frente.

Olhem se não é muita coincidência?

Um colunista político (Caio Junqueira, da CNN) liga para um dos políticos mais experimentados, o ministro da Cidadania, deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM/RS), e este comete um erro primário. Atende o celular e deixa no viva-voz, enquanto em outra linha, atende a uma ligação do ex-ministro da mesma pasta, deputado federal Osmar Terra (MDB/RS).

Coincidentemente, ministro e ex-ministro mantem uma longa conversa sobre a ‘fritura’ do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, filiado ao mesmo Democratas de Onyx.

FALOU PELO CHEFE?

Muita coincidência que um dos ministros mais chegados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que foi o primeiro político do DEM a dar apoio a sua candidatura, tenha feito a fala que o presidente foi “aconselhado” pela cúpula de seu governo, a não fazer.

Nitidamente, o presidente ficou desconfortável por ter sido convencido de não poder despedir o ministro Mandetta, que está em lua-de-mel com a população por causa da política de combate ao coronavírus.

PAPO DE GAÚCHOS

A conversa de Lorenzoni com Terra, uma conversa de gaúchos, ambos potenciais nomes para uma candidatura ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul, pareceu bem mais um “vazamento proposital”. Um petardo encomendado para desestabilizar o ministro da Saúde dentro de seu próprio partido, que tem figuras como o presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).

CONFUSÃO NO DEM

Trata-se de uma estratégia para jogar a “confusão” para dentro do arraial inimigo. E contou com a ajuda de seu aliado, Onyx, que se jogou as feras para ajudar o chefe a sair um pouco do fogo cruzado.

E também para ajudar a colocar mais ‘lenha na fogueira’ do cozimento de Mandetta, que já tem data para sair do governo – se conseguir se segurar no cargo, que é o fim do combate ao coronavírus.

Além disso, uma forma de reduzir um pouco o protagonismo de Rodrigo Maia (DEM), que tem falado pelos cotovelos, livre leve e solto.

AH, O PROTAGONISMO!

A discussão do Plano Mansuetto, aquele que visa o socorro a governadores e prefeitos, que pode jogar quase R$ 100 bilhões nas contas de gestores de estados e municípios combalidos, mais uma vez colocou Maia na linha de frente.

Além do mais, como o presidente Bolsonaro iria demitir o ministro mais popular de seu governo sem retaliação do Congresso, leia-se de Maia e Alcolumbre, ambos do partido dele, o Democratas.

A estratégia foi tão boa que o tema “hidroxicloroquina e azitromicina” ´perdeu espaço na agenda política para o diálogo do ministro Onyx com o ministro cotado para ocupar a vaga de Mandetta.

A VOLTA POR CIMA

O próprio Osmar Terra (MDB/RS), aparentemente ‘usado’ na estratégia, concordou com Lorenzoni de que Bolsonaro deveria ter “cortado a cabeça” do ministro da Saúde. Disse que iria mexer nos bastidores de Brasília para trocar o ‘ministro da moda’. E que nem precisava ser ele o substituto.

Lideranças do Democratas, horrorizadas, que juram nunca terem visto tamanha trairagem (há se viram, e muita), cogitaram até a expulsão de Onyx.

O fato é que o presidente vai para o feriado da “semana santa” com um sorriso (na live), que há dias não tinha mais em seu rosto.

PSD MAIS A FRENTE

O presidente do PSD, Jairo do Canto Costa, em resposta a uma nota da coluna sobre a posição do partido nas próximas eleições, respondeu o seguinte:

“Fizemos as filiações dos pré-candidatos para não perder os prazos que a lei nos impõe! Mas, neste momento, todos estamos mais preocupados com a Saúde, emprego e todas as empresas da nossa região! Quero deixar bem claro que o PSD só vai definir sobre coligação e candidatura (majoritária) depois do mês de Julho! Final de Julho vamos reunir nossa Executiva provisória e nossos pré-candidatos e definir de forma democrática o nosso caminho! Nós queremos o melhor para a nossa cidade, não vamos fazer projeto de vaidade e nem de interesse pessoal! Precisamos pensar em geração de empregos com responsabilidades, para que as futuras gerações não paguem um preço muito alto!”.

SEM MUDANÇAS

Patricia Gomes Jones Paladini, que estava cotada para ser candidata na chapa majoritária pelo PL, acabou ficando onde estava, ou seja, o PSD.

QUASE LOTADO

A semana encerra com 50% dos leitos de UTI lotados no Hospital Regional de Araranguá. A Unidade de Terapia Intensiva tem espaço para 10 leitos e tem 5 pacientes com covid-19.