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Dia do Rotary: o que é e em que ajuda o grupo que tem mais de 60 anos só em Araranguá?

Neste domingo, o clube comemora mundialmente 115 anos, e já ajudou muitas entidades e pessoas focando em melhorar o mundo em que vivemos. Para alguns, é um grupo solidário, para outros, a união de pessoas elitizadas, mas para quem está dentro, o Rotary Club é uma forma de tornar o mundo melhor.

Araranguá – Fonte: Aline Bauer / Jornal Enfoque Popular

Neste domingo, dia 23, é celebrado o Dia Nacional do Rotary, quando um grupo de pessoas decidiu agir para reavivar o espírito de amizade entre as pessoas e espalhar a solidariedade. De lá para cá, 115 anos se passaram, mais de 34 mil clubes Rotary existem no mundo, com cerca de 1,3 milhões de membros, e o clube chegou inclusive o Brasil.

Em Araranguá, por exemplo, já são 62 anos de Rotary, nos quais, ações do grupo ajudaram a melhorar a vida de quem vive na cidade.

“A vinda do Hospital Regional, do Banco do Brasil, Caixa Econômica, e outras entidades, foram obras do Rotary”, relata Marcelo Soares, presidente do clube na Cidade das Avenidas.

O Rotary tem inúmeros projetos em diferentes segmentos, como na saúde, tendo como foco, fazer o bem para a sociedade. Neste ponto, um dos projetos é doar, anualmente, valores para combater a poliomelite, conhecida também como paralisia infantil.

“O Rotary é responsável pela erradicação da pólio no mundo inteiro. Hoje, a doença só existe em dois países, por causa de guerras e religião. Mas no Brasil, está erradicada. É uma bandeira do Rotary e temos uma cadeira permanente na ONU por causa disso”, explica.

Sobre os rotarianos, como os participantes do grupo são chamados, eles são pessoas comuns, de diferentes setores, empresários, profissionais de diversas áreas, que se juntam para trabalhar em prol da comunidade.

“Dizem que o Rotary é uma elite de pessoas, que estão ali para se ajudar. Mas não é isso, estamos ali para ajudar a comunidade, em um trabalho voluntário”, continua Marcelo. Tratando-se como companheiros, os rotarianos, evidentemente, dedicam seu tempo uns aos outros quando isso é necessário, mas segundo Marcelo, a essência do Rotary é pensar em quem mais precisa.

Ao longo das últimas décadas, o clube desenvolveu várias iniciativas em Araranguá, como ser o mantenedor do Lar do Idoso São Vicente de Paulo, que atende idosos em diferentes situações, oferecendo acalento, carinho e dignidade.

“Também desenvolvemos o ‘Bebê e Sua Árvore, que presenteia cada bebê que nasce no Hospital Regional de Araranguá com uma muda de árvore para plantar e cuidar; promovemos anualmente uma campanha de testes para detectar a Hepatite C e enviar essas pessoas para tratamento…”, enumera Marcelo.

O clube, por ser um movimento presente no mundo todo, conta ainda com bolsas de estudo e intercâmbio. O grupo de Araranguá, inclusive, já recebeu rotarianos de outros países, e tem a participação de dois africanos que já eram membros do clube em seu país e, ao chegar por aqui, pediram apoio no Rotary araranguaense. Mas o trabalho mais importante do Rotary acontece dentro das cidades, mantendo sempre o contato com outros órgãos, cobrando atitudes do poder público e cobrando melhorias.

“Há pouco tempo tivemos uma reunião sobre os portais turísticos de Araranguá, para a qual chamamos o prefeito, presidentes de associações empresariais e da Amesc, que foi muito importante e deu resultados. O prefeito assumiu pagar metade da criação do projeto, e a outra metade foi doada por um empresário do Rotary. São vários projetos assim, várias melhorias na cidade que tem participação do Rotary. Estamos sempre cobrando”, relata.

Manter tantos projetos não é fácil, e a saída para resolver essa questão é promover eventos que ajudam a angariar fundos para que o Rotary continue atuando na sociedade.

“O Homem na Cozinha, é um evento, e agora estamos com a Corrida da Melhor Idade, que acontecerá em 1° de março, conscientizando que a melhor idade para começar uma atividade física, é agora”, diz. Nesta corrida, fundos e roupas serão recolhidos, além de promover, entre diversas pessoas, a consciência de saúde e solidariedade.

Analisando o trabalho dos rotarianos, se percebe que para atuar neste clube é preciso se mobilizar bastante e enfrentar com vontade qualquer dificuldade. Mesmo assim, segundo Marcelo, tudo vale a pena.

“É muito bom, muito gratificante conseguir fazer o bem, se doar e ajudar as pessoas. Antigamente, o Rotary não divulgava o que fazia, mas hoje, queremos que as pessoas saibam quem é o Rotary, que estamos nos doando para isso”, completa.

Ser presidente do Rotary, para ele, é uma experiência que ajuda a moldar um bom líder e ensina sobre como lidar em diversas situações, com diferentes pessoas de distintos setores.

“Aprendi muito neste ano rotário, que fecha em julho, estamos sempre viajando para outras regiões, conversando com outros rotarianos, tem pessoas novas entrando… É algo muito bom. Temos companheiros no país e no mundo todo”, conclui.

O clube, que tem grande participação em diversos setores, é uma entidade enorme e que reúne muitas pessoas, mas para os rotarianos, não é difícil de explicar: são diversas mãos se unindo para fazer, na prática, algo que torne o mundo um pouco melhor.

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