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Tecnologia transforma a maneira de ensinar

Talvez as gerações mais novas nunca tenham passado pelo sufoco que era pesquisar um tema para um trabalho escolar em um monte de livros em uma biblioteca, isso quando as bibliotecas eram bem equipadas e os livros eram atualizados.

O recurso geralmente eram as enciclopédias, que tinham de tudo um pouco. Aulas com o projetor eram eventos raros, na maioria das vezes era um recurso mais comum nas escolas particulares, nas públicas ele era geralmente divido entre as classes, isso quando havia algum.

Aulas de informática eram um acontecimento esperado. Poucos tinham celulares e, em sala de aula, eram extremamente proibidos. Bom, isso ficou no passado e olha que não é um passado muito distante, viu! Em apenas alguns anos a maneira de se ensinar no Brasil mudou drasticamente. A facilidade ao acesso à internet, a disseminação das novas tecnologias e as ferramentas que elas proporcionam causaram uma revolução no modo de ensinar e aprender.

 

Primeiras mudanças

 

Qual é a primeira cena que vem em sua mente quando você pensa em escola? Para grande parcela dos leitores, tenho certeza, a cena foi de um professor na sala de aula lecionando com alunos em suas carteiras prestando atenção nele e no conteúdo da lousa, tradicional não? Pois é, essa cena pode já não ser o padrão nas escolas do Brasil e mundo afora. Alguns elementos começaram a agregar nessa cena clássica.

Para entender algumas dessas mudanças conversamos com uma especialista no assunto. Ela conta que a educação está sendo completamente ressignificada por meio do uso das tecnologias de informação e comunicação.

“O conhecimento se tornou muito mais democratizado, fazendo com o que o professor passe a ocupar um papel maior de mediação em sala de aula, deixando a posição de único responsável pelo aprendizado do aluno. A tecnologia permitiu essa universalização do acesso ao conhecimento, fazendo com que cada ator passe a ocupar um novo papel neste processo. Mas este movimento é algo que ainda está em curso, e tem muito o que transformar na educação brasileira”, ressalta Leisa Ramos, líder de operações do setor pedagógico do Instituto Mix de Profissões, umas das maiores redes de ensino profissionalizante do Brasil, empresa destaque em assuntos de tecnologia nos processos de aprendizagem.

Logo, podemos deduzir que o professor ainda é fundamental nesse processo, mas tem consigo novos aliados. Esses aliados são as ferramentas tecnológicas, que auxiliam os profissionais no árduo desafio de ensinar, o importante nesse cenário é buscar a “aliança” entre o antigo e o atual, e não ver nas novas ferramentas um obstáculo a ser superado.

 

A educação e a familiarização com as tecnologias

 

Dos anos 90 para cá muita coisa mudou, se você nasceu nessa década sabe bem do que estou falando. Quem é dos anos 2000, também já notou o avanço significativo do universo tecnológico em nossa sociedade, na forma em que vivemos.

Em tudo que fazemos, há traços da evolução dos últimos anos. Seja no despertador, aposentado pelo despertador do celular, a atualização das principais notícias do dia, não mais tão frequentes pelo rádio ou pela TV, mas pelo seu smartphone, quando e onde você quiser. Aplicativos de previsão do tempo te indicam como serão as próximas horas, assim como aplicativos que mostram como está o trânsito nas principais vias que você utiliza. Seria inimaginável pensar que a área da educação ficaria de fora desse “boom” de recursos e opções.

“A tecnologia é sem dúvida uma grande aliada no processo de ensino-aprendizagem. A sociedade adotou, por intermédio desta mesma tecnologia, novos hábitos de vida, de consumo, novas formas de se relacionar, de viver. E a escola não pode ficar alheia a este novo mundo sob pena de perder a atenção, o interesse e a relevância. O problema do uso da tecnologia em sala de aula, na atualidade, está mais na forma como ela é empregada do que o a ferramenta propriamente dita. Faltam metodologias claras e recursos ao instrutor para que ele seja de fato beneficiado pelo uso da tecnologia em suas aulas e possa levar estes benefícios aos seus estudantes de maneira mais efetiva”, afirma Douglas Meurer, líder de treinamentos pedagógicos do Instituto Mix de Profissões.

 

Desafios para o alinhamento: educação x tecnologia

 

Como já mencionamos, o mundo como conhecemos está se “digitalizando”. Especialistas no assunto afirmam que as escolas estão sendo transformadas pelo uso da tecnologia, e isto é um fato inegável.

“Entretanto estas mudanças estão no auge do seu curso. A escola do futuro é aquela que terá uma intensa articulação com o mundo virtual, permitindo que parte de seus currículos sejam integralidades por meio das tecnologias de informação e comunicação, ambientes virtuais de aprendizagem e outros recursos, reservando para o momento presencial a experiência significativa da prática. Tecnologias como realidade aumentada, realidade virtual, inteligência artificial e o intenso uso de apps para smartphones serão parte desta realidade da escola moderna. Estamos dando os primeiros passos nessa direção”, afirma Leisa.

Nações mais evoluídas educacionalmente como algumas nações europeias, já são exemplos de como a junção entre tecnologia e educação podem dar ótimos resultados, não ficam muito atrás algumas nações asiáticas, como o poderoso Japão, que está anos luz a frente de muitos países nos índices de desenvolvimento educacional e, por consequência, humano.

Para nós brasileiros, e marinheiros de primeira viagem na integração educação e tecnologia, servem de inspiração os projetos e ações já desenvolvidos nessas nações que podem ser trazidos para a nossa realidade.

 

Empresas miram o futuro

 

No Brasil o ensino fundamental público ainda carece de muitas melhorias, enquanto escolas particulares se posicionam melhor no mercado quanto as mudanças impostas pelo setor, obviamente por terem mais recursos a disposição. No âmbito do ensino superior o quadro muda um pouco, muitas das instituições de ensino públicas dão show de qualidade e investimentos em inovação e tecnologia.

Mas ainda há um espaço para ser preenchido no Brasil, o profissionalizante. Ao longo dos anos têm crescido o número de brasileiros que optam por abrirem seus próprios negócios, trabalhando na informalidade. Mas isso não significa que essa grande parcela da população não quer ter acesso aos estudos de qualidade e ter a mesma interação educacional de quem tem outros níveis de educação.

Muitas empresas notaram que é preciso uma evolução nesse nicho de mercado. O Instituto Mix de Profissões, empresa com mais de 500 escolas espalhadas pelo Brasil, percebeu que mais do que apostilas teóricas e atividades práticas, os alunos do ensino profissionalizante queriam novas experiências.

“O Instituto Mix já emprega realidade virtual em seu material didático e conta com espaços virtuais de aprendizagem que podem ser utilizados nos celulares de alunos, professores e demais colaboradores da rede. Além disto, já têm pesquisas avançadas também na área de realidade virtual e inteligência artificial, fazendo com que nossos sistemas possam prever situações envolvendo nossos alunos e inclusive recomendar conteúdo, atividades e cursos de acordo com as preferências dos estudantes”, explica Douglas Meurer, da área pedagógica da empresa.

 

Inovar, inovar e inovar

 

Estudos recentes na rede, mostram um aumento do engajamento do aluno e do instrutor. Embora haja ainda um melhor aperfeiçoamento por parte de todos em relação ao uso das novas tecnologias. “Porém, é inegável que elas trazem mais dinamicidade à sala de aula, conectando-a como o futuro. Estamos todos nos adaptando, assim como o mundo também está, mas isto não nos impede de estarmos sempre dando passos à frente”, conta Leisa Ramos, líder de operações do setor pedagógico do Instituto Mix.

Mais desafiador que realizar o alinhamento entre educação e tecnologia a níveis satisfatórios com alunos e professores, talvez seja a constante necessidade do mercado pela inovação. O que há de novo? No que essa empresa se difere da outra no quesito educação?

A busca por essas respostas tem motivado uma avalanche de ideias e novos projetos, cabe a nós acompanharmos os próximos passos da educação no Brasil, tendo em mente que uma coisa é certa, a tecnologia chegou pra ficar, e quem não a abraçar, será rapidamente varrido do mercado.