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Pelo Estado 14 de novembro: Retomada da indústria naval de SC

Retomada da indústria naval de SC

O Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Lucas Esmeraldino, representou Santa Catarina na reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), realizada no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (13). Entre as pautas, o fortalecimento da indústria naval, vital para o estado.

Esmeraldino destacou que Santa Catarina concentra o maior número de estaleiros de lazer no país e informou que, recentemente, recebeu a transferência do estaleiro Sedna, da cidade de São Paulo para Itajaí, polo do setor. Boa parte dos estaleiros implantados na cidade foram atraídos por incentivos fiscais.

Outro fator relevante também, no Alto Vale do Itajaí, é o projeto da Marinha do Brasil que deve gerar dois mil empregos diretos e outros seis mil indiretos em Itajaí para a construção de quatro navios de guerra. Para o secretário, a construção de embarcações de defesa no estado é uma oportunidade de alavancar a indústria naval em Santa Catarina, gerando mais empregos e trazendo tecnologia de ponta.

Homenagem a militares

Projeto de Lei aprovado nesta quarta-feira (13), na Assembleia Legislativa, vai homenagear policiais militares já falecidos e que prestaram serviços relevantes ao Estado na área da Segurança Pública. A proposta, iniciativa do deputado Fernando Krelling (MDB), permitirá dar nome destes servidores aos Batalhões da Polícia Militar, hoje identificados somente por números.

Conforme o deputado, poucos profissionais juram, em sua carreira, defender uma causa a ponto de colocar a própria vida em risco, como fazem os policiais. “São mulheres e homens valorosos que se arriscam diariamente em favor do cidadão. Por isso merecem ser homenageados”, enalteceu Krelling. A proposta do parlamentar resultou de pedido feito por militares. A PMSC tem 28 batalhões e outras cinco guarnições com status de batalhão.

Outro projeto de autoria de Krelling, com redação final aprovada na sessão desta quarta-feira, trata dos movimentos solidários de arrecadação financeira pela internet, as famosas vaquinhas, quando os recursos forem destinados a tratamentos de saúde de alto custo.

Pela proposta, deve ser aberta uma conta corrente específica e a campanha tem que ter data para começar e para acabar, ou uma meta de arrecadação justificada. Para a abertura da conta será exigido um laudo médico indicando a gravidade da situação e a indicação de tratamento. Caberá ao Ministério Público (MPSC) fiscalizar os valores arrecadados e, se for o caso, exigir prestação de contas a cada três meses.

O objetivo é evitar situações como a do menino Jonatas, de Joinville. Acometido pela Atrofia Muscular Espinhal (AME), o menino foi o centro de uma grande campanha de arrecadação, mas denúncias e investigações apontaram mau uso do dinheiro por parte dos pais.

Voltando ao secretário Lucas Esmeraldino. Nossa reportagem tentou obter dele uma posição quanto à permanência, ou não, no PSL, mesmo com a saída de Bolsonaro para uma nova sigla.

A resposta dada por meio da assessoria foi breve: “Continua tudo na normalidade”, acompanhada de um emoji sorridente. Esmeraldino foi o primeiro a levantar a bandeira do bolsonarismo em Santa Catarina e candidato ao Senado pela sigla. Também teve participação importante na eleição do governador Carlos Moisés.

O governo, aliás, deve perder mesmo qualquer representação partidária na Assembleia. Moisés mantém posição: não sai do PSL. Diz que estudou e concorda com o estatuto, tem bom relacionamento com a direção estadual e a nacional, e, portanto, não tem motivos para se desligar.

Por outro lado, a maior parte da bancada pesselista – Ana Campagnolo, Felipe Estevão, Jessé Lopes e Sargento Lima (líder) -, com postura mais de oposição do que de base, já anuncia que seguirá Bolsonaro. Dos que sobram, Coronel Mocellin e Ricardo Alba, tratados por Moisés como mais equilibrados, o primeiro também anunciou saída.

Alba ainda não definiu, mas como mira na prefeitura de Blumenau, reduto bolsonarista, deve ir na onda. Se isso se confirmar, é o fim do PSL no Legislativo estadual, a menos que o partido conquiste alguma filiação em uma próxima janela.

Quem entende um pouco mais do jogo partidário afirma que o lance de Bolsonaro, de sair do PSL para um partido ainda a ser criado, pode levar os que ficarão na sigla original a uma fusão com o DEM, criando uma força sobre a qual o Palácio não terá controle.

Isso se a nova sigla, cujo nome será Nova Aliança, for mesmo criada. Considerando o vai e volta frequente do presidente sobre vários assuntos, nunca se sabe. Neste caso, não haverá só frustração, mas um grande desgaste para quem já anunciou saída do PSL.

Enquanto isso, os ânimos continuam alterados na América Latina, assunto trazido ao plenário da Assembleia pelo deputado Vicente Caropreso (PSDB). Ele criticou a invasão da embaixada da Venezuela em Brasília e foi enfático em condenar a atitude do filho de presidente da República, deputado federal Eduardo Bolsonaro, que usou as redes sociais para estimular a invasão.

“Ficamos atônitos, estupefatos com os fatos que estão ocorrendo. É inacreditável o grau de irresponsabilidade que estamos assistindo. O Brasil tem o dever de defender as missões diplomáticas. Imagina o que pode acontecer à nossa missão diplomática em Caracas ou em outro lugar do mundo”, provocou.