Os parlamentares catarinenses receberam a notícia com descontentamento. Para o deputado Ricardo Guidi, houve a quebra de uma promessa que deveria beneficiar a região que já foi prejudicada por outras ações do tipo. “Aquele compromisso deixou de ter valor, parece coisa de quem não tem compromisso. Ainda vamos voltar à carga, com o ministro Tarcísio Freitas. O que foi colocado é que a população não aceita aquela tarifa que está sendo posta, lembrando que a região sul já foi muito prejudicada pelo atraso na duplicação da BR-101, por uns 20 anos, o norte conseguiu se desenvolver antes”, disse.
A deputada Geovania de Sá também comentou o anúncio do ministério, reclamando do preço que foi estipulado para os transeuntes e da quantidade de praças a serem instaladas. “Nós fomos pegos de surpresa porque a informação não bateu com a nossa reunião na ANTT quarta-feira. O combinado é de que não publicariam o edital antes de irmos conversar com o ministro Tarcísio. Ficamos sabendo pela imprensa e nos sentimos traídos, não foi isso que tratamos naquela reunião”, afirmou.
Outro deputado estadual que se manifestou sobre o assunto foi Volnei Weber, alegando que todos tiveram espaço durante a reunião da semana passada, mas que as solicitações dos catarinenses foram ignorados. “A ANTT disse que não tinha condições de mudar alguma coisa, mas quem poderia fazer isso era o ministro da Infraestrutura, então pedimos que eles segurassem até essa conversa”, relembra.
Segundo os parlamentares, nesta quarta-feira, dia 23, haveria uma reunião com o ministro Tarcísio, momento em que o edital seria discutido com os deputados e senadores catarinenses. O compromisso, porém, foi reagendado para o dia 30. Assessores disseram aos parlamentares que a reunião seria remarcada por que o ministro iria viajar. “Se ele for viajar, queremos conversar com alguém que tem autonomia para falar sobre este assunto”, cobrou Geovania de Sá.
Durante o encontro com a ANTT na semana passada os parlamentares debateram, além da redução no número de praças, que a cobrança do valor à população fosse menor, já que o preço anunciado seria superior ao considerado necessário para a empresa vencedora realizar os investimentos na rodovia.