Fato reforça alerta para que público compareça aos postos para imunização
Foi confirmada nesta semana pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, a Dive, a segunda morte de macaco por febre amarela no estado. O bugio foi encontrado por moradores do bairro Canela, em Joinville, e a Secretaria Municipal de Saúde foi notificada sobre a morte do animal imediatamente. Material biológico foi coletado do animal no dia 4 de maio e encaminhado para o Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina, o Lacen. O teste foi realizado na Fiocruz, no estado do Paraná, que é o laboratório de referência para o Estado.
Transmitida por mosquitos, a febre amarela é uma doença grave, e está presente em áreas de matas e urbanas. A única forma de prevenir a doença é através da vacinação. “Os macacos são vítimas da doença e sinalizam a circulação do vírus na região. Por isso, ao encontrar um macaco doente ou morto, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser comunicada imediatamente. Com essa notificação, são desencadeadas as ações na região”, explica João Fuck, gerente de zoonoses da Dive-SC.
Na região da Amesc, apenas este ano, 73.510 pessoas se vacinaram contra a febre amarela, totalizando, com os números acumulados de 1994 a 2018, 100.947 imunizados. Isso quer dizer que somente 70,75% da população do extremo-sul catarinense está vacinado. A cobertura estimada seria de 95%.
Segundo a responsável pelo setor de Imunização da região da Amesc, Bárbara Monteiro, o município de Meleiro foi o primeiro a conseguir imunizar 100% da população, enquanto que Balneário Gaivota, Praia Grande e Turvo estão fazendo ações de varredura em áreas próximas de mata, buscando aumentar a cobertura. “Esse caso indica que, sim, o vírus está presente. Pedimos que a população busque o meio de prevenção, que é a vacinação. Uma única dose imuniza para toda a vida”, orienta.
Todos os moradores de Santa Catarina com mais de nove meses de idade e que ainda não foram imunizados, devem procurar uma unidade de saúde.
O primeiro caso de febre amarela em humanos contraída dentro do território catarinense, foi registrado em março, em um homem de 36 anos e que não tinha se vacinado. O paciente acabou falecendo. A primeira morte de macaco pela doença foi registrada em abril, no norte catarinense.