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Amigos criam aplicativo que ajuda a combater violência contra os LGBT

Um egresso do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), um arquiteto, uma designer, um jornalista, e um desenvolvedor que integram a startup Somos e juntos, criaram o aplicativo (app) Nohs Somos, tecnologia para a segurança e assistência ao público LGBT. Além dos cinco amigos, a concepção ouviu diversas pessoas da comunidade alvo sobre os problemas que cada um enfrenta e quais melhorias poderiam ser agregadas ao aplicativo. 

 

O aplicativo é baseado em duas interfaces. A primeira é o botão de pânico, para aquele momento  em que a pessoa está correndo perigo eminente, se sentindo ameaçada. Um “clique” gera um alerta para pessoas e estabelecimentos cadastrados como contatos de segurança. O arquiteto e diretor operacional da Somos, Bruno Jordão, lembra que em uma situação de risco, ligar para a Polícia pode ser difícil. 

 

Na segunda interface, que é um mapa, é onde entra a prevenção. O usuário pode identificar se existem relatos de LGBTIfobia em alguma rua, ou antes de ir a um estabelecimento, por exemplo. O egresso do IFSC e arquiteto, Hottmar Loch, fala da necessidade do Nohs Somos:  “a necessidade desse aplicativo começa com o entendimento de que os riscos de agressão não são iguais para todo mundo. Três pessoas, uma pessoa heterossexual, uma homossexual e e outra transexual. As três, só por saírem de casa, já estão vulneráveis à violência urbana. Além dessa probabilidade, tem pessoas que sofrem o risco de serem agredidas simplesmente pela orientação sexual ou pela identidade de gênero, e é esse tipo de violência, em específico, que o aplicativo busca combater”.

 

O projeto agora segue para a etapa de financiamento coletivo, através de uma vaquinha online para arrecadar R$ 88 mil, a fim de que o grupo consiga disponibilizar o aplicativo na rede. O grupo vem realizando campanha de arrecadação nas redes sociais, através de imagens e postagens. 

 

Outras funcionalidades, como integração com a Polícia e Disque Direitos Humanos, vêm sendo estudadas pela startup.